Tsuru #9 Solidão
"Há lugares vazios, cadeiras vazias e há corações despedaçados de vazios. Em toda a parte, está um pedaço, um reflexo de nós. Sempre há algo que falta. Sempre há qualquer coisa que parte. Sempre. Sempre!
Só sabemos se somos totalmente livres, e cheios, como inteiros quando tudo perdemos. Porque na perca, vai tudo o que alicerça as nossas bases. E sós, então saberemos de nós mais do que nunca. O que nos move, o que cabe a nós.
A Solidão, não é para qualquer pessoa. A Solidão, não é uma inimiga, nem um barba azul. Ela, apenas é o murmúrio de todas as tuas vozes. Ela conquista-se, é um direito à liberdade interior de estar só com tudo e nada. Não falo aqui, da solidão proveniente do abandono, da rejeição e outras razões menos boas. A Solidão é o sol interior que dá mão às nossas vozes sem a mão inconveniente dos outros, que por norma, apontam dedos."
In "O Monólogo que vive no Caderno" da Vertigem
Do original "Notas à Sombra de uma Metáfora"..visto em: http://avertigemdopensamento.blogs.sapo.pt